Data de Publicação: 01-06-2009
Nesta manhã de 1º de junho de 2009, o 25º dia de greve na rede estadual de ensino, vários companheiros do Sintepp denunciaram que os diretores e diretoras de UREs e USEs estão pressionando os trabalhadores e as trabalhadoras em educação que aderiram à greve, para retornarem imediatamente ao trabalho sob pena de terem seus pontos cortados. O fato foi inclusive confirmado no site oficial da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), contrariando assim o que foi decidido na última audiência com o governo do Estado, ocasião em que a própria secretária Iracy Gallo afirmou que não haveria corte de ponto. O desconto dos dias parados é um ato insidioso, que somente foi utilizado pelos governos de direita e reacionários de Almir Gabriel (2002) e Duciomar Costa (2005/2009). Porém, agora o Governo Ana Júlia quer entrar no rol dos governantes perseguidores da classe trabalhadora, ficando claro que a única diferença entre os três é que um deles saiu dos movimentos sociais e sindical. Ironicamente, a governadora Ana Júlia se vira contra os trabalhadores e as trabalhadoras em educação de forma covarde e cruel, quando mandou a Polícia Militar espancar grevistas na frente do Palácio dos Despachos na greve do ano passado. Nas assembléias da categoria, foi denunciado à base que, por conta das eleições do sindicato e seu possível desfecho favorável ao grupo do governo, não haveria corte de ponto ou pedido de abusividade da greve, caso o resultado fosse outro. Entretanto, lembramos à sociedade paraense que é compromisso desta categoria repor as aulas todas as vezes que retornamos de um movimento paredista como este. É princípio deste sindicato entender que a culpa por conta das mazelas da educação no Estado é dos governos e não cabe, portanto, penalizar os alunos da escola pública. Pois nossa luta é, também, em defesa de uma educação pública de qualidade para as nossas crianças. Seria muito mais digno por parte do governo retomar o processo de negociação com a categoria sobre os principais pontos da pauta. Ou seja, garantir os reajustes no salário base acima do mínimo nacional e do auxílio-alimentação, assim como o retorno às discussões sobre o nosso PCCR. Ao invés disso, mostra a sua face repressiva justamente no fim do processo eleitoral do Sintepp, ocasião em que as máquinas do Governo do Estado e de diversas prefeituras foram colocadas de forma obscena a favor da chapa em que apostavam para controlar o nosso sindicato. 03/06 - ASSEMBLEIA GERAL NA ESCOLA ESTADUAL PAES DE CARVALHO - 09 HORAS
Fonte: www.sintepp.org.br
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E olha que já foi do movimento!
ResponderExcluirEssa atitude do governo só vem confirmar o que todos no Estado do Pará já sabem: Ana Júlia não respeita trabalhadores, não se importa com a sociedade paraense, está pouco ligando para os rumos da educação no nosso Estado.
Há poucos dias os noticiários informaram os resultados da avaliação do ensino no Brasil e, infelizmente, mais uma vez tivemos que engolir a contragosto uma posição nada agradável. E aí, caros professores e amigos, o governo promete mundos e fundos para melhorar a posição do Pará nessa avaliação. Mas, também todos já sabem, fica só na promessa.
A qualidade do ensino e por conseqüência sua avaliação só terá resultados significativos quando os investimentos nesta área tiverem endereço certo. Quantos milhares de reais ficaram pelo caminho nessa “grande investida” da governadora na compra dos “salvadores kits escolares”, e quantos mais vêm se acumulando com os arremedos de projetos educacionais como o Portas Abertas? Vocês têm uma resposta? Rapidamente nos vêm em mente várias, não é mesmo?
Está mais do que provado que educação com qualidade não se faz sem valorização. É preciso valorizar os profissionais da educação!!
Igualar o salário dos profissionais da educação ao mínimo concedido nacionalmente é uma vergonha.
Quem um dia disse que mostraria aos tucanos como se governa só merece mesmo ouvir alto e em bom tom: “Ana Júlia um dia foi piranha, hoje é traíra”