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O filósofo italiano Antônio GRAMSCI em uma das suas mais importantes obras "Os intelectuais e a organização da cultura", inseridas na Coletânea intitulada "Cadernos do Cárcere", faz uma reflexão profundamente relevante sobre a eterna dicotomia entre o ensinar e o aprender, sobre a organização curricular e não abre mão de fazer referências sobre o sistema de avaliação, principalmente, já naquela época, entre 1948 e 1951 (período em que esses escritos foram publicados, levando-se em conta, que o autor morreu 11 anos antes, ou seja, em 1937) sobre os exames, as provas. Essas reflexões feitas na prisão, pontuavam que na realidade, um professor medíocre pode conseguir que os alunos se tornem mais instruídos (grifo do autor), mas não conseguirá que sejam mais cultos; ele desenvolverá - com escrúpulo e consciência burocrática - a parte mecânica da escola, e o aluno, se for um cérebro ativo, organizará por sua conta - e com a ajuda de seu ambiente social - a "bagagem" acumulada. Com os novos programas, que coincidem com uma queda geral do nível do corpo docente, simplesmente não existirá mais "bagagem" a organizar. Os novos programas deveriam ter abolido completamente os exames; prestar um exame, atualmente, deve ser muito mais um "jogo de azar" do que antigamente. Uma data é sempre uma data, qualquer que seja o professor examinador, e uma "definição" é sempre uma definição; mas e um julgamento, uma análise estética ou filosófica?
Para não ficar preso somente à reflexão gramsciana, não que ela não seja relevante, resgata-se, também, algumas linhas do pensamento socratiano, ressaltadas por Mattos (2003: 40) ao afirmar que
500 anos a.C. Sócrates desenvolvia, numa reflexão pós-partos feitos por sua genitora, a MAIÊUTICA (parto das idéias), método filosófico em que os seus discípulos "davam luz" aos seus pensamentos, às suas reflexões, ao esforço pessoal, à busca da sabedoria, fazendo-se filósofos no sentido etimologicamente mais simples do termo, que é "amigo da sabedoria".
Neste método a tônica do seu fundamento era não ´matar`a curiosidade dos discípulos e sempre responder as questões dos mesmos com outras questões, até que eles próprios encontrassem as respostas.
500 anos a.C. Sócrates desenvolvia, numa reflexão pós-partos feitos por sua genitora, a MAIÊUTICA (parto das idéias), método filosófico em que os seus discípulos "davam luz" aos seus pensamentos, às suas reflexões, ao esforço pessoal, à busca da sabedoria, fazendo-se filósofos no sentido etimologicamente mais simples do termo, que é "amigo da sabedoria".
Neste método a tônica do seu fundamento era não ´matar`a curiosidade dos discípulos e sempre responder as questões dos mesmos com outras questões, até que eles próprios encontrassem as respostas.
O que se vê, é que ainda hoje, em pleno século XXI, insiste-se com a pedagogia imbecilizante da decoreba como muito bem denunciado por Gramsci. É possível que essa prática, não obstante, esteja em voga lá para os idos de 2025, quando os alunos dessa época estiverem chegando nas escolas em seus carros-nave espaciais, usando óculos de 3D, e sendo ´monitorados`pela família através de um chip subcutaneamente implantado em alguma parte do corpo.
O professor... bem, o professor deverá estar ainda usando um arcaico bastão de giz, para transcrever no quadro o que estiver nas amarelecidas folhas do velho livro didático... e infeliz daquele que o tirar dele...
Tomara que em 2025 algum descendente de Spielberg dê continuidade à sua sagacidade e crie um filme sobre as escolas do ano 2100.
Haverá, nesse ano, algum professor do tipo "o último dos moicanos", para contestar o cineasta? Oxalá no futuro não tenha espaço para esse tipo de profissional!
Tomara que em 2025 algum descendente de Spielberg dê continuidade à sua sagacidade e crie um filme sobre as escolas do ano 2100.
Haverá, nesse ano, algum professor do tipo "o último dos moicanos", para contestar o cineasta? Oxalá no futuro não tenha espaço para esse tipo de profissional!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAMSCI, Antônio. Os intelectuais e a organização da cultura.-[tradução de Carlos Nelson COUTINHO]. São Paulo: Círculo do Livro S.A., 1985, p.p. 121-2.
MATTOS, Francisco Carlos de. Educação superior: 500 anos a.C. Sócrates fazia melhor que nós! SINGULARIDADES... modos de ser inconformista. Ano X. Junho - 2003. 4ª Série.
MATTOS, Francisco Carlos de. Educação superior: 500 anos a.C. Sócrates fazia melhor que nós! SINGULARIDADES... modos de ser inconformista. Ano X. Junho - 2003. 4ª Série.
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