quinta-feira, 7 de maio de 2009

Uma greve que aparece na imprensa

Greve atinge 1,2 mil escolas

Servidores de educação do Estado estão parados por tempo indeterminado em decisão tomada em assembleia

Professores, coordenadores e demais servidores da rede pública estadual de ensino estão em greve. A medida foi aprovada pela classe em assembleia à manhã de ontem, durante um protesto diante da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), no bairro do Umarizal, em Belém. A manifestação, articulada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp), figurava como um ultimato para que o Governo do Estado atendesse às reivindicações de aumento salarial, plano de cargos, admissão de concursados e pagamento de auxílio alimentação para servidores, mas não houve acordo entre as partes. 'Paramos por tempo indeterminado. Vamos às escolas amanhã (hoje) e sexta-feira para orientar pais e alunos sobre a greve, mas aula não tem mais', garantiu a coordenadora geral do Sintepp Conceição Holanda.
Com a paralisação, até 1.216 escolas estaduais de todo o Pará podem ficar sem aulas, envolvendo os 34,7 mil servidores nelas lotados. Os participantes da assembleia têm expectativas de atingir pelo menos 100 dos 143 municípios do Estado de forma imediata. Na última greve, que transcorreu durante 45 dias, a partir de 24 de abril de 2008, pouco mais de 90 chegaram a aderir à paralisação em momentos distintos.
As exigências dos servidores vinculados à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) são várias. A principal é o reajuste de 30% do piso salarial da categoria, que fica em torno de R$ 430 para cada cem horas de serviço, abaixo do salário mínimo brasileiro aprovado em fevereiro passado. Além disso, eles reivindicam que o auxílio alimentação se estenda a R$ 300 e que pautas sociais, como a melhora da infraestrutura das escolas e um plano de cargos e carreiras, sejam reconsideradas.
Depois de ter fechado parte da rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, em 24 de abril, o Sintepp havia decidido tentar uma última negociação com o Governo do Estado, desta vez na sede da Sepof. Pouco mais de 150 professores, coordenadores, estudantes e funcionários de escolas paraenses compareceram ao local, levando junto faixas, cartazes e um carro de som. A manifestação foi considerada pacífica, apesar do bate-boca mantido entre alguns servidores. O trânsito na pista direita da Doca de Souza Franco foi interrompido somente diante da secretaria.

Fonte: Jornal Amazônia - Edição de 07/05/2009
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Professores e funcionários de escolas entram em greve a partir de hoje

Professores, coordenadores e demais servidores da rede pública estadual de ensino estão em greve. A medida foi aprovada pela classe em assembleia geral realizada ontem pela manhã, durante um protesto em frente à Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), no bairro do Umarizal. A manifestação, articulada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), figurava como um ultimato para que o governo do Estado atenda às reivindicações de aumento salarial, plano de cargos, admissão de concursados e pagamento de auxílio-alimentação para servidores, mas não houve acordo entre as partes.
'Paramos por tempo indeterminado. Vamos às escolas amanhã (hoje) e sexta-feira para orientar pais e alunos sobre a greve, mas aula não tem mais', garantiu a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda. Com a paralisação, 1.216 escolas estaduais de todo o Pará, onde estão lotados cerca de 34,7 mil servidores, ficarão sem aulas.
A principal reinvidicação dos servidores é o reajuste de 30% do piso salarial da categoria, que fica em torno de R$ 430 para cada 100 horas trabalhada, portanto abaixo do salário mínimo aprovado em fevereiro passado, que é de R$ 465. Além disso, a categoria reivindica que o auxílio-alimentação chegue a R$ 300 e que as pautas sociais, como a melhora da infraestrutura das escolas e a criação de um Plano de Cargos e Carreiras, sejam reconsideradas.
Depois de ter fechado parte da rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, no último dia 24 de abril, o Sintepp havia decidido tentar uma última negociação com o governo do Estado, desta vez na sede da Sepof. Pouco mais de 150 professores, coordenadores, estudantes e funcionários de escolas compareceram ao local, levando faixas, cartazes e um carro-som. A manifestação foi considerada pacífica, apesar do bate-boca entre alguns servidores. O trânsito na pista direita da Doca de Souza Franco foi interrompido somente em frente à secretaria. Agentes da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) fizeram o controle do trânsito no local.
'Não é uma questão somente de salário que discutimos aqui, é também uma questão de qualidade de ensino', afirmou Hélio Santos, diretor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Acy Barros, de Barcarena. 'Nossa rede municipal já está paralisada, e temos certeza de que o sindicato aprovará a greve nas escolas estaduais. Não sou adepto da greve, até porque ela tem consequências ruins para o andamento da escola, mas do jeito que está não dá. Ninguém faz nada, é só discurso', reclamou o diretor.

SEM AULA
Dez representantes dos servidores da rede estadual foram recebidos pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Administração (Sead), Sílvio Machado. Ao contrário do último encontro, a reunião foi rápida, já que o governo logo reiterou que só é possível reajustes salariais de 6% para funcionários de nível superior e 12,05% para os servidores operacionais, adequando-os aos R$ 465 do salário mínimo. As demais reivindicações não poderiam ser atendidas.
Segundo o Sintepp, as aulas seriam interrompidas desde ontem. Durante a tarde, coordenadores regionais se reuniram com representantes de municípios do interior para confirmar a adesão.
Outra situação qu0e ainda gera muita polêmica é a dos temporários. Por meio de portaria divulgada em 30 de abril passado, em cumprimento de determinação do Ministério Público do Trabalho, a Seduc distratou 2.235 dos seus servidores que estavam em regime temporário. O assunto voltou à tona na manifestação do Sintepp que resultou no anúncio da greve. Com as demissões, várias escolas ficaram sem professores de disciplinas de ensino fundamental e médio a um mês das avaliações bimestrais. Algumas, inclusive, ficaram até sem diretor ou coordenador pedagógico.

Fonte: Jornal O Liberal - Edição de 07/05/2009
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Quinta-Feira, 07/05/2009, 08:21h

Pará: professores da Seduc entram em greve

Os professores da rede estadual entraram em greve na manhã de ontem depois de mais uma rodada de negociações sem sucesso com o governo, realizada na Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof ). A reunião com representantes do Estado discutiu o reajuste salarial e problemas de falta de segurança nas escolas. Enquanto a comissão estava dentro da Secretaria, centenas de professores e alunos faziam um ato com faixas e um trio elétrico próximo à avenida Visconde de Souza Franco. Após o fim da reunião, a categoria deliberou pelo início da greve. Segundo Eloy Borges, coordenador geral do Sindicato dos Professores do Ensino Público (Sintep), durante a negociação, nenhuma proposta foi apresentada para a comissão. “O secretário adjunto de Administração (Silvio Ronaldo Machado de Souza) disse que continua o processo de negociação, mas que até hoje (ontem) a proposta do governo era a mesma e nós não vamos aceitar”. Na rodada de negociação do mês passado, o governo havia proposto, de acordo com Borges, o reajuste de 6% do salário dos trabalhadores de nível superior, 10% para nível médio e 9% para fundamental. No entanto, a categoria reivindica 30% de reajuste salarial e o aumento do auxílio alimentação de R$ 100,00 para R$ 300,00. “O governo está nos enrolando. Essa já foi a sexta reunião. Na última negociação nós falamos com outras pessoas e agora mandaram o secretário adjunto, que nunca tinha participado de nenhuma negociação. Isso é um absurdo”. SEGURANÇA - Os alunos que participavam da manifestação carregavam faixas pedindo mais segurança para as escolas. A estudante de uma escola do Tapanã, Jordana Borges, afirmou que ninguém consegue mais ir para a escola no período da noite, por conta do grande número de assaltos que acontecem. “No ano passado uma colega minha até saiu de lá, porque tinha medo de ser assaltada. E agora a gente está quase sem aula, porque os professores também não estão mais indo. Ninguém pode andar sozinho por lá que os ladrões agem”. A professora da mesma escola, Célia Lima, contou que todos os dias acontecem assaltos. “Os alunos estão sem aula, porque quando chega a noite os ladrões pulam o muro da escola e roubam os estudantes e até mesmo os professores. É por isso que hoje nós estamos aqui, para pedir, além do reajuste salarial, que é nosso direito, mas também para pedir mais segurança e condições de trabalho, porque a gente está trabalhando com medo”, contou.>> Temporários serão mantidosO governo do Pará vai rever os distratos de professores da rede pública de ensino que estavam sendo dispensados para atender ao Termo de Ajustamento de Conduta entre Estado e Ministério Público do Trabalho. O acordo prevê a substituição gradativa de servidores temporários por concursados. Para rever as demissões, o governo revogou uma portaria de 30 de abril de 2009 que dispensava 2.235 temporários. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai analisar entre esses servidores quais são os casos de professores que ainda não têm substitutos concursados. Se o governo insistisse em manter as dispensas, várias turmas teriam o ano letivo interrompido por falta de docentes. As maiores dificuldades estão nas escolas Tecnológicas e nos colégios do interior. O problema da falta de concursados para substituir esses servidores foi levado na terça-feira pela secretária de Educação, Iracy Gallo, para a governadora Ana Júlia Carepa, que decidiu então pedir uma trégua ao Ministério Público do Trabalho. Por telefone, a governadora explicou a situação das escolas e acabou conseguindo autorização para rever os distratos. São casos como o do professor Agenor Moreira, do curso de Meio Ambiente, da Escola Tecnológica do Pará que fica em Paragominas. Responsável pelas disciplinas de Legislação Ambiental, Recuperação de Áreas Degradadas, Segurança no Trabalho e Gestão Ambiental, Moreira teve o distrato anunciado no mês passado. Ele deixaria quatro turmas sem aulas. No início de abril, estudantes da escola chegaram a interditar a PA- 256, principal via de entrada ao município de Paragominas, em protesto contra a dispensa do professor. A expectativa é de que esses servidores fiquem no governo, no mínimo, até o final do ano. Isso porque para conter gastos o governo já anunciou que não fará concursos nos próximos 90 dias e poderá estender a medida para o segundo semestre. Sem realizar concurso, só restará manter os temporários. (Diário do Pará)

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