Edição de 21/05/2009
Protesto uniu alunos e professores do Pedroso, que pedem melhor educação e estrutura
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Edney Paiva, que é professor de português da instituição, explicou os motivos do protesto. 'Aqui não tem carteira suficiente para todos os alunos e nem climatização adequada, além das péssimas instalações elétricas - o que afeta muito o aprendizado no turno da noite. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) prometeu para gente uma reforma que começaria no final de 2008, mas, até agora, nada. Se tu fores perguntar alguma coisa pros funcionários da secretaria, eles vão dizer que a reforma vai começar na próxima semana, mas a gente sabe que não é bem assim. O objetivo dessa manifestação é denunciar o estado de abandono da nossa escola e da educação no Estado inteiro', disse.
O ato também marcou a adesão à paralisação do setor da educação. Segundo outro professor, a greve no Pedroso será diferente das demais. 'Estamos promovendo uma greve de ocupação. Ao invés de simplesmente cruzar os braços e deixar de vir para a escola por uns dias, vamos fazer uma programação que envolverá palestras, oficinas, atividades esportivas e culturais para os alunos. Assim, estaremos plantando a cidadania nos estudantes mesmo sem trabalhar', explicou José Miguel, que também leciona na escola.
A carta exibida para quem transitava pela Almirante Barroso durante a manifestação foi confeccionada para a ocasião pelos próprios alunos, que engrossaram o coro dos educadores e funcionários do colégio. Ela foi feita com várias folhas de papel A4 grudadas com fita durex e é guardada em formato de rolo. O conteúdo é formado por uma lista de frases que expressam indignações, reinvidicações e questionamentos dos estudantes, como 'Queremos aulas decentes!', 'Alô Ana Júlia: Sem educação, não há Terra de Direitos!' e 'Será que é essa a educação de qualidade do Pará?'.
A aluna Rafaela Dias, que cursa o 3º ano na instituição, diz que a iniciativa é boa. 'Os professores e os alunos estão se juntando para lutar pela educação, que precisa de melhoras urgentemente'.
Em resposta à manifestação, a assessoria de comunicação da Seduc informa em nota que a deficiência de iluminação da escola foi provocada por problemas no gerador da instituição, problema que já foi resolvido pela Rede Celpa. Sobre a reforma, a assessoria diz que a revitalização do prédio já começou há 20 dias e inclui pintura, parte hidráulica, drenagem e início dos reparos do telhado. Quanto à climatização do laboratório de informática, a Secretaria informa que esta será a última etapa da reforma.
Fonte: Jornal Amazônia
Educação: professores mantêm greve
Ontem, estudantes do Colégio Estadual Pedro Amazonas Pedroso manifestaram apoio à greve dos professores.
Os estudantes se concentraram em frente ao prédio da instituição, na avenida Almirante Barroso. Usando nariz de palhaço, eles manifestam apoio aos professores e chamavam a atenção para o descaso com a educação pública. “Nós queremos que os professores recebam aumento salarial para que eles se sintam valorizados. Afinal, eles são importantes para todos nós”, afirma Flávia Moura, representante dos alunos.
Durante a manifestação, os estudantes apresentaram uma carta com cerca de 200 metros, onde expuseram os problemas e os desejos relacionados à educação pública. Hoje, essa carta será levada à Seduc.
Diferente das demais greves, os professores do Pedroso resolveram fazer uma greve de ocupação, realizando atividades culturais e educativas durante os dias de paralisação. “Nós reunimos professores e a classe escolar durante uma semana para que chegássemos a um acordo sobre a melhor maneira de aderir à greve sem que os alunos achassem que é falta de vontade com eles”, explica o professor de língua portuguesa da instituição, Luciano Fussieger.
A greve dos professores já atingiu cerca de 70% das escolas na Região Metropolitana de Belém e 43 municípios do Estado. As principais reivindicações são reajuste linear de 30%no vencimento base e vale-alimentação de R$ 300 para todos os servidores da educação. (Fonte: Diário do Pará - 21/05/2009)
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