Subiu para 44 o número de municípios que aderiram à greve da rede estadual de ensino. Somente em Belém, 60% das escolas estão sem aula, sendo que várias já discutem com a comunidade a possibilidade de também parar. Ontem de manhã, o colégio Jarbas Passarinho estava de portas fechadas. Somente os funcionários da limpeza trabalharam durante o dia. Na próxima sexta-feira, uma assembléia geral será realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) para definir o rumo da greve.
De acordo com a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda, será discutido mais uma vez o posicionamento do governo do Estado em relação à melhoria das condições de trabalho dos professores da rede pública. Principalmente, sobre o salário base dos trabalhadores, que é abaixo do salário mínimo. 'Quando muda o salário nacional, é obrigação do governo do Estado reajustar o nosso automaticamente na data base, mas isso não aconteceu. Sendo que várias prefeituras já reajustaram o dos professores da rede municipal', informou.
Conceição Holanda também disse que o Sintepp já fez várias tentativas de negociar com o Estado o reajuste salarial; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também, mas não foi atendido. Na última vez, um representante do governo disse que ia entrar em contato com o sindicato para tentar solucionar os problemas dos professores da rede pública. No entanto, nada aconteceu. 'Nós precisamos conversar sobre as falhas no pagamento. O problema é que o governo do Estado sempre tenta arrumar as coisas depois da greve. Parece que não percebem os problemas que estão a sua volta', ressaltou.
A coordenadora geral do Sintepp também lembrou que a gestão da governadora Ana Júlia Carepa foi uma das piores que a educação pública já passou. 'O nosso salário base é menor que o salário mínimo e isso só aconteceu na Ditadura Militar', disse.
Professores concursados protestam na procuradoria
Ontem de manhã, professores que foram aprovados no último concurso da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) se reuniram em frente à Procuradoria do Estado para pedir a nomeação dos candidatos classificados. De acordo com Augusto Guedes, um dos que não foram nomeados, o protesto foi em frente ao órgão porque foi de lá que saiu a decisão de que os temporários tinham que deixar o cargo no dia 30 de abril.
Eles informaram que se sentem desrespeitados com as atitudes do governo em relação às pessoas que fizeram as provas devidamente e não foram chamadas. 'Tem gente que não foi aprovada e está trabalhando. Enquanto nós, que fizemos tudo da forma certa, temos que esperar. É uma falta de respeito nessa terra de direitos violados', disse a concursada Nelma Guedes.
Fonte: Jornal Amazônia - 14/05/2009
Em Ananindeua, cerca de 90 por cento dos trabalhadores em Educação das Escolas Estaduais aderiram à greve que teve início no dia 06/05 e que se prolonga até o dia de hoje, sem prazo para terminar.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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